Nossos sonhos às vezes são tão pequenos que logo após deixam de ser sonhos e quando se tornam realidade percebemos que bastava-nos o sonho.
Lembro do meu primeiro micro-ondas Goldstar que deixava a comida sem cor, comprado juntamente com um vídeo-cassete que tive que mandar transcodificar para que eu visse os filmes à cores, um rebobinador de fitas, para não diminuir a vida útil deste, uma pipoqueira elétrica que deixava a pipoca com gosto de isopor e dois coelhos de pelúcia, tudo adquirido lá pelos idos de 1992, quando fui à San Juan e Trinidad Tobago. Ainda tenho os coelhos a pipoqueira e o rebobinador, estes dois últimos porque fiquei com pena de me desfazer, o micro-ondas dei-o porque queimou a tomada e não servia pra muita coisa, o vídeo-cassete vendi-o porque mesmo transcodificado não sustentava o colorido a que me habituara a ver na TV. Recentemente, em 2013 ganhei um num sorteio de festa de fim de ano para o qual fui como convidado aqui em Corumbá, para tristeza dos demais, como estava de mudança para Niterói nem desembalei, voltando a morar aqui lá o deixei. Não era um sonho, não era desejado e lá ele ficou para talvez facilitar a vida de meus filhos que lá ficaram e que talvez tenham mais necessidade do que eu. Agrada-me, de volta a Corumbá, o gosto de peixada, ou piranhada, feita num panelão numa fogueira de lenha, o gosto com cheiro de lembranças. Micro-ondas nenhum proporcionará isso.
Nossos sonhos às vezes são tão pequenos que logo após deixam de ser sonhos e quando se tornam realidade percebemos que bastava-nos o sonho.
ResponderExcluirLembro do meu primeiro micro-ondas Goldstar que deixava a comida sem cor, comprado juntamente com um vídeo-cassete que tive que mandar transcodificar para que eu visse os filmes à cores, um rebobinador de fitas, para não diminuir a vida útil deste, uma pipoqueira elétrica que deixava a pipoca com gosto de isopor e dois coelhos de pelúcia, tudo adquirido lá pelos idos de 1992, quando fui à San Juan e Trinidad Tobago.
Ainda tenho os coelhos a pipoqueira e o rebobinador, estes dois últimos porque fiquei com pena de me desfazer, o micro-ondas dei-o porque queimou a tomada e não servia pra muita coisa, o vídeo-cassete vendi-o porque mesmo transcodificado não sustentava o colorido a que me habituara a ver na TV.
Recentemente, em 2013 ganhei um num sorteio de festa de fim de ano para o qual fui como convidado aqui em Corumbá, para tristeza dos demais, como estava de mudança para Niterói nem desembalei, voltando a morar aqui lá o deixei.
Não era um sonho, não era desejado e lá ele ficou para talvez facilitar a vida de meus filhos que lá ficaram e que talvez tenham mais necessidade do que eu.
Agrada-me, de volta a Corumbá, o gosto de peixada, ou piranhada, feita num panelão numa fogueira de lenha, o gosto com cheiro de lembranças.
Micro-ondas nenhum proporcionará isso.